A Reforma Tributária chegou: sua assessoria de investimentos está preparada?
- Veritas LTDA
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A Reforma Tributária no Brasil, a maior alteração fiscal em mais de sessenta anos, redesenha a arquitetura tributária nacional com profundas implicações para todos os setores. Esta etapa da reforma trata da tributação sobre o consumo, com início em 2026 e transição gradual até 2033. É importante destacar que a reforma do Imposto de Renda ainda está em fase de aprovação e discutida separadamente no Congresso. Para as assessorias de investimentos, compreender e adaptar-se a esse novo cenário é crucial. O momento exige revisão de estratégias e operações, especialmente para aquelas no Lucro Presumido, bem como uma revisão criteriosa de contratos com fornecedores.
O Novo Paradigma Tributário e o Regime Específico A Reforma cria o IVA dual: CBS e IBS.
Essa mudança transita de um sistema cumulativo para um não cumulativo. A Lei Complementar nº 214/2025 (artigos 181 a 191) trouxe normas específicas para serviços financeiros, incluindo expressamente as assessorias de investimento. Assim, as assessorias deverão observar as particularidades do regime específico do setor financeiro. Atualmente, no Lucro Presumido, PIS e COFINS incidem sobre o faturamento sem crédito.
Com a Reforma, ao adquirir insumos, as assessorias poderão se creditar do CBS e IBS pagos, o que pode reduzir a carga tributária efetiva. Contudo, a correta identificação e apuração desses créditos exigirão sistemas robustos e conhecimento aprofundado da nova legislação. Segundo estudos realizados pelo Senado Federal, o setor de serviços poderá enfrentar perda de competitividade e aumento de preços, pois muitas empresas têm poucos insumos que geram créditos tributários. Isso reforça a necessidade de um planejamento fiscal proativo para mitigar impactos negativos e aproveitar as oportunidades de crédito previstas no novo sistema.
Impactos e Adaptações na Operação das Assessorias
Os impactos vão além das alíquotas, atingindo custos, precificação e estratégia. A transição exigirá adaptação significativa:
Custos Operacionais e Precificação
Com o IVA dual, o cálculo de custos e a precificação de serviços mudam. A possibilidade de crédito sobre insumos pode reduzir o custo de aquisição, mas a alíquota nominal mais alta do IVA pode impactar o fluxo de caixa. As assessorias precisarão reavaliar suas planilhas de custos e modelos de precificação para manter a rentabilidade e competitividade.
Gestão de Créditos Tributários e Organização Financeira
Gerenciar créditos será crítico. Assessorias precisarão de sistemas eficientes para identificar, registrar e compensar créditos de CBS e IBS. É essencial que o setor financeiro opere com precisão e em tempo real, garantindo que cada compra ou contratação geradora de crédito seja devidamente registrada e aproveitada. Vale lembrar que custos com folha de pagamento não gerarão créditos de IBS ou CBS, o que impactará especialmente empresas de serviços com alta intensidade de mão de obra.
Exemplo prático: uma assessoria que invista em equipamentos, móveis, reformas e contrate consultorias jurídicas, tributárias e contábeis poderá gerar créditos de IBS e CBS sobre essas despesas. Contudo, se o registro e integração dessas informações entre financeiro e contabilidade não for imediato e correto, esses créditos podem ser perdidos ou não aproveitados integralmente. Por isso, a integração e automação entre financeiro e contabilidade serão diferenciais estratégicos no novo cenário.
Análise de Fornecedores e Localização
Será crucial analisar fornecedores que vão gerar crédito para a assessoria, otimizando a cadeia de valor. Além disso, a localização do escritório vai importar menos, pois a tributação passa a ser no destino, e não mais na origem. Isso pode abrir novas possibilidades de expansão e operação.
A Necessidade de um Planejamento Tributário Robusto
O planejamento tributário se torna imperativo. Um planejamento bem-feito garante conformidade e otimiza a saúde financeira. Para as assessorias, é fundamental revisar a estrutura jurídica e a tributação de suas operações. A escolha do regime tributário e a otimização da apuração de créditos de CBS e IBS serão cruciais.
Conclusão: Preparando-se para o Futuro
A Reforma Tributária é um divisor de águas. Para as assessorias de investimentos, ela representa um convite à inovação e ao aprimoramento. A preparação exige capacitação da equipe, revisão de processos, investimento em tecnologia e, acima de tudo, um planejamento tributário estratégico. As assessorias que se anteciparem e se adaptarem construirão um futuro mais sólido e próspero.
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